Nada tão emocionante, nem nada tão inebriante.
Era ele.
Era belo! Meu Deus, e como era belo!
Um gato acossado terno e mau.
Era assim.
Falava com voz de cantor de rock antigo.
Vestia roupas justas demais pra os seus ossos.
Sorria como menino.
Isso gritava aos meus seios:
"-Não durma fora de casa essa noite garota!"
Eu ouvi, fui cedinho, antes de criar a saudade,
antes de matar a vontade...
Deixei pequeno mais uma vez
e tratei de esquecer.
Era feio.
Meu Deus! E como era feio!
Fingidas horas de necessidade carnal,
aventura errada.
Carnaval enfeitiçado.
Pega um táxi!
Cada casa passava escondida, os prédios vendados e
toda a desculpa do dia seguinte pronta em uma hora de reflexão.
Perdoa garoto, eu não sei mentir!
Uma sala, uma noite pela metade, uma cadeira.
Sentar, sentir o corpo misturado, parar.
Recobrar fatos, rever trajetórias e fixar lembranças...
Nada mais...o gosto guardado
o pedido de casamento adiado.
O trailer vazio...
A farsa sendo dismitificada...
a realidade acordando cedo...e "bóra lá".
Mais alguém pra esquecer.
Vestir a roupa certa, cruzar as perna e ser assim.
A cruz da culpa presa às costas...
A permissão da juventude cedida e o coração...
Que coração?
As cruzes já foram distribuídas e com o aviso:
Seja feliz!
A gargalhada nova mofou entre o meu prazer.
O meu querer, a vontade de inventar... Era perfeito o encaixe...
e isso é muito difícil acontecer hoje em dia...
Vamos pra cidade com nome de Santo e de Anjo!
Eu sei...eu escapo fácil.
Perdoa.
domingo, 8 de março de 2009
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