
terça-feira, 24 de março de 2009
Quarto 186

domingo, 8 de março de 2009
Quarta-feira de cinzas

Era feio. Meu Deus! E como era feio! Fingidas horas de necessidade carnal, aventura errada. Carnaval enfeitiçado. Pega um táxi! Cada casa passava escondida, os prédios vendados e toda a desculpa do dia seguinte pronta em uma hora de reflexão. Perdoa garoto, eu não sei mentir! Uma sala, uma noite pela metade, uma cadeira. Sentar, sentir o corpo misturado, parar. Recobrar fatos, rever trajetórias e fixar lembranças... Nada mais...o gosto guardado o pedido de casamento adiado. O trailer vazio... A farsa sendo dismitificada... a realidade acordando cedo...e "bóra lá". Mais alguém pra esquecer. Vestir a roupa certa, cruzar as perna e ser assim. A cruz da culpa presa às costas... A permissão da juventude cedida e o coração... Que coração? As cruzes já foram distribuídas e com o aviso: Seja feliz! A gargalhada nova mofou entre o meu prazer. O meu querer, a vontade de inventar... Era perfeito o encaixe... e isso é muito difícil acontecer hoje em dia... Vamos pra cidade com nome de Santo e de Anjo! Eu sei...eu escapo fácil. Perdoa.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Buteco

sábado, 10 de janeiro de 2009
piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Essa mulher

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
HOMENS

H1- Você precisa sangrar para saber que tem sangue, assim como, você também precisa amar para saber que aí dentro bate um coração. Antes disso é apenas o nada. O nada falando sobre o nada. Você já parou para pensar nisso?
H2- Isso o que?
H1- Isso. Você deveria pensar mais, me ajudar. Afinal, eu não sou tanta coisa assim.
H2- Do que você ta falando?
H1- Nada. É só a forma como você me vê. Eu sei, eu sou o seu super herói, seu ursinho pimpão, não é mesmo? Ta bom. Eu não sou. Eu fiquei muito tempo não querendo falar nisso porque eu tinha medo que me olhassem assim. Assim como você me olha: com raiva. Você quer comer alguma coisa?
H2- Não.
H1-Eu guardo salsichas, sabe? Eu tenho o costume de guardar salsichas. Eu nunca as como, eu nem gosto muito. Eu devo ter mais de 15 latas de salsichas ali no armário. Você quer ver?
H2- Não.
H1- São salsichas pré-históricas. Elas estão comigo desde que eu vim morar sozinho. Minha avó sempre me dava salsichas quando eu ia visitá-la, logo que saí de casa. Salsicha é comida fácil, dizia ela... Tem certeza de que você não quer nenhuma?
H2- Sim.
H1- Quer?
H2- Sim, quer dizer não. Eu disse que sim, que tenho certeza de que não quero. Qual o seu problema? Você poderia me dizer o que está acontecendo? Eu não estou entendendo...
H1- Por que você está com raiva de mim? Hei!!? Fala comigo! Você quer que eu segure da sua mão? Pssiu! Ta bom. Já sei! Eu vou fazer salsichas pra você!
ALADOS
Eles se foram. Um a um. Pegaram seus poucos trapos e se foram. Algumas despedidas, meia dúzia de abraços, uns beijos no canto do olho, um adeus sem graça e partiram. Fiquei só. Com meus seios, minhas coxas e meu ventre. A casa desmanchou-se. A porta se fecha sem olhar o antes. A tristeza sobrevoa alguns pedaços de terra e a lágrima finge o sorriso. É tranquilo, é vasto, vai durar. Hoje me atrapalho com os dedos e os papéis. Ontem dormi de meias. E amanhã... Amanha? Mais um dia de saudade. ________________________________ABRIRAM O CHIQUEIRO


Forçaria meus dentes ao rangir calado da noite que não pôde ser de núpcias, mas que com toda a falta de farsa e com toda a magia guardada debaixo do travesseiro se desfez. Por que? Porque precisa...
Algo se move... Algo se acomoda e algo se desfaz...
Ai de mim! Diziam-me as bruxas espancadas na rede da monotonia..
Gemiam quase que sexualmente ao lembrar de cada abraço perdido antes do anoitecer....
Sussurravam e diziam umas para as outras: "-Agora é noite, pode largar a respiração"...
E era assim: o vento voltava a assoviar, as portas abriam fazendo seus barulhos suspeitos e bem decorados de frases sombrias...e os dentes...Ah! Os dentes com aquele rangido....
Fingia eu, novamente...eu fingia e fingia...
Pedi perdão ao presépio e ninguém me respondeu...
Resolvi calar...
Deixei meus pecados por aí e continuei...
Foi-se os dias e mais devagar as horas a marcar pedaços de tempo no sol do meio-dia que
virava quase a tardinha do mate quente na boca....o gosto
do não escovar os dentes e o apelo pela roupa suja no chão...
Cansei antes de dormir
pude ouvir mais uma vez o teu barulho...
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