sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Saí lentamente... Cuidei dos meus passos para não tropeçarem... Afundei as mangas em qualquer casaco, perdi o rumo. Fui pra rua...passei pela poça d'água satisfeita em molhar os pés. Acabei de vestir meus sapatos no meio-fio. Brinquei com uns 15,20 postes iluminados... Cantei a breguice naquele bar desconhecido... dormi com um homem moço. Acordei de fantasia... Corri atrás da menina loira e vestido negro. Ela tem olhos maus... Agora aguardo o sangue das pardes, finjo o absurdo no contra-baixo que não é meu. E me banho na banheira que não é minha. Abuso da lealdade de minhas plantas. Hoje perdi alguns vícios. Preciso maltratar alguém. Cansei da dúvida. Saio pra rua, vestida em meu sangue! _______________________________TARDE DE OFÉLIA

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