sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Justificar
Forçaria meus dentes ao rangir calado da noite que não pôde ser de núpcias, mas que com toda a falta de farsa e com toda a magia guardada debaixo do travesseiro se desfez. Por que? Porque precisa... Algo se move... Algo se acomoda e algo se desfaz... Ai de mim! Diziam-me as bruxas espancadas na rede da monotonia.. Gemiam quase que sexualmente ao lembrar de cada abraço perdido antes do anoitecer.... Sussurravam e diziam umas para as outras: "-Agora é noite, pode largar a respiração"... E era assim: o vento voltava a assoviar, as portas abriam fazendo seus barulhos suspeitos e bem decorados de frases sombrias...e os dentes...Ah! Os dentes com aquele rangido.... Fingia eu, novamente...eu fingia e fingia... Pedi perdão ao presépio e ninguém me respondeu... Resolvi calar... Deixei meus pecados por aí e continuei... Foi-se os dias e mais devagar as horas a marcar pedaços de tempo no sol do meio-dia que virava quase a tardinha do mate quente na boca....o gosto do não escovar os dentes e o apelo pela roupa suja no chão... Cansei antes de dormir pude ouvir mais uma vez o teu barulho... 

Um comentário:

  1. certamente eu não esperaria ver minha Mestra na Arte,Tatiana Vinhais escrevendo poesias em um blog... Esta menina certamente me impressiona mais a cada dia.


    Ângelo ^^

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